terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
DIABETES E PILATES: UM INCENTIVADOR DA MUDANÇA DE HÁBITOS
-Doenças Vasculares (Pé diabético);
-Retinopatia;
-Neuropatia Crônica.
-Ao passar em consulta, o indivíduo deve informar ao médico qual o horário que pretende fazer exercícios para que a insulina seja adequada ao momento;
-Consultar um nutricionista para indicação de alimentação pré e pós-exercício, evitando assim, quedas de insulina após a aula;
-Evitar aplicação de insulina nas musculaturas que serão mais recrutadas na aula;
-Automonitoração da glicemia antes e depois do exercício;
-Melhora a ação da insulina e de antidiabéticos orais;
-Aumenta a tolerância à glicose;
-Pode reduzir a quantidade diária de insulina artificial para os diabéticos bem controlados;
-Reduz fatores de risco cardiovasculares, triglicérides e colesterol;
-Aumenta o fluxo de sangue muscular e a circulação nos membros inferiores, prevenindo os efeitos da aterosclerose;
-Reduz a perda da massa óssea;
-Melhora a disposição geral e a sensação de bem-estar.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
O PILATES ESTÁ COM TUDO E VEIO PARA FICAR!
sábado, 29 de agosto de 2015
Pilates em 12 perguntas.
A atriz Regiane Alves num estúdio de pilates, no Rio. Ela diz que seu corpo ficou mais definido e que a prática melhorou sua postura (Foto: Daryan Dornelles/ÉPOCA)
No chão, é possível fazer aulas em grupos maiores, embora os estúdios normalmente evitem lotar suas sessões. Nas academias, esse número pode chegar a 30 praticantes. Apesar de envolver movimentos livres e sem o auxílio de aparelhos, as aulas no chão, afirmam profissionais da área, não são mais difíceis nem exigem mais esforço. Os exercícios de solo e com aparelhos produzem os mesmos resultados.
“O pilates me deu um corpo mais definido e menos inchado”, afirma o empresário Sérgio Sacchi, de 44 anos. Depois de descobrir três hérnias de disco, consequência de anos de exercícios sem alongamento adequado, tinha parado com as atividades físicas. Sacchi conheceu o pilates há dez anos. “Foi a alternativa que encontrei para me exercitar, depois dos problemas na coluna.”
A designer Karina Arruda, de 42 anos, recorreu ao pilates para cuidar da postura. Depois de sua primeira gravidez, há três anos, Karina começou a sentir dores e descobriu uma hérnia de disco. Por indicação médica, procurou as aulas de pilates e, depois de seis meses, parou com os analgésicos. “Não tomo mais nada”, diz. A dona do estúdio onde Karina treina, Luciana Araújo, diz que muitos alunos chegam por indicação médica.
6- Pilates emagrece?
Não necessariamente. Apesar de alguns exercícios exigirem um grande esforço físico, o objetivo do método não é a perda de peso. Para quem quer emagrecer, atividades aeróbicas são a melhor opção.
7- Pilates faz crescer?Não. O pilates não acrescenta centímetros mágicos à estrutura óssea de seus praticantes. Mas melhora a postura. Por causa da postura mais ereta, temos a impressão de que crescemos, porque andamos menos curvados.
9- Pilates tem algum perigo? Assim como acontece com qualquer exercício, o pilates mal executado pode agravar as lesões de quem procura o método com fins terapêuticos ou mesmo causar novas lesões. “Cuidado com professores que defendam uma coluna completamente reta ou que peçam para o aluno ‘encaixar o quadril’, posição em que o quadril se move para a frente e a curvatura lombar tende a ficar mais reta”, afirma Isabel Sacco. Isabel explica que, ao tentar reverter a curvatura normal da coluna, diminuímos sua capacidade de resistir a cargas e a deixamos mais vulnerável a lesões.
A RELAÇÃO DE LOLITA COM O PILATES.
PODEMOS SER CRIATIVOS NO PILATES?
Nós sabemos que existe um repertório original dos exercícios que são ou pelo menos deveriam ser respeitados pelos professores de Pilates, mas em algumas formações contemporâneas e reconhecidas internacionalmente, eles sofreram algumas mudanças. Mudanças essas, que são compreendidas diante da própria base do Pilates e fundamentos que foram respeitados pelo simples fato de manter a segurança e a eficiência dos movimentos.
Não sou contra criar exercícios que “não existem” no repertório de Pilates, pelo contrário, já criei muitos, mas prefiro me julgar sendo a favor de “criações possíveis” para qualquer tipo de cliente praticar, ainda mais sabendo que na prática de Pilates não existe contraindicações. Não é isso que todos os estúdios “vendem”?
Por muitas vezes, me deparo com alunos mostrando em seus celulares dizendo para nós professores: ‘’quero fazer esse exercício!’’. Aparentemente, pela imagem ou vídeo, parece lindo e perfeito, mas pela nossa surpresa, aquele foi mais um exercício criado com a base do professor e com o que ele tinha disponível na sala de aula. Ao mesmo tempo, penso que talvez ele tenha esquecido de estudar sua própria “criação”, antes de ensinar para alguém.
Minha sugestão para criarmos exercícios de solo, com ou sem acessórios, ou até mesmo nos equipamentos, é fazer você responder essas perguntas:
Em seu exercício criado…
Os princípios estão presentes?A posição inicial está bem definida?A respiração está coerente em cada movimento do exercício?A especificidade muscular também está clara para o praticante?Existe total segurança durante a execução do exercício?A indicação é para qualquer cliente?Caso o praticante não consiga executar, você também criou modificações?Estão claros, quais serão os possíveis erros e correções que o professor deverá fazer nesse exercício?
Ainda não sei qual sua opinião, mas diante desses pontos, acredito que se para todas essas perguntas sua resposta foi sim… Então, sim, esse exercício que você criou pode ser adaptado ao repertório do Pilates! Mas não esqueça, PRATIQUE PILATES CONSCIENTE!
sábado, 22 de agosto de 2015
O pilates na vida do corredor.
O fortalecimento muscular é de fundamental importância para os atletas de endurance, é também importante para corrigir desequilíbrios e prevenir lesões. Estabilidade e força são dois ícones de uma corrida mais eficiente.
O Pilates é uma das soluções que pode ser explorada na sua planilha de treino, pois é um método eficiente de criar resistência muscular, fortalece a musculatura, trabalha força, flexibilidade e resistência de forma simultânea. São diversos grupos musculares trabalhando simultaneamente, em conjunto ou em oposição.
O método se concentra em ativar seu centro de força (Power House) para promover uma maior estabilidade. Há uma melhora na mobilidade articular, flexibilidade, respiração, concentração e consciência. Um controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo traz uma maneira mais eficiente de se movimentar, aumentando a resistência e qualidade do movimento. É possível correr por mais tempo com menor desgaste físico e maior economia de energia.
O Pilates enfatiza muito a concentração e a respiração, a capacidade do ar é potencializada. Você acaba economizando energia e a aplica nas horas certas, pois a respiração está intimamente ligada a cadencia dos movimentos, adquirindo um alto nível de controle físico e mental. Mente e corpo são trabalhados ao mesmo tempo, aumentando o bem-estar físico. A atividade traz benefícios na prática da corrida pois ajuda os corredores a alcançarem suas metas cada vez mais rápido, de maneira mais eficiente e sem lesões.
Eu sou triatleta, ultramaratonista e atuo como personal trainer e instrutora de Pilates. Tenho aplicado com sucesso as práticas do método Pilates durante a minha preparação para melhorar o desempenho nas provas e direciono o mesmo trabalho aos meus alunos para maximizar os resultados esportivos de cada um. Sempre obtenho uma resposta significativa no equilíbrio e harmonia postural, além do aumento da capacidade respiratória, fortalecimento de toda a musculatura e consciência corporal.
Ft. Rogério Bernardo
terça-feira, 18 de agosto de 2015
POSSIBILIDADES DE EXERCÍCIOS COM O MAGIC CIRCLE
Vamos ver?
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
NÃO ESQUEÇA QUEM TE AMA, PRATIQUE PILATES!
A Intervenção do Water Pilates em um paciente em quadro fibromiálgico - estudo de caso
ESTEFÂNIA GOMES LUNA - UNIPAC Barbacena, estefaniagluna@hotmail.com, Rua Mato Grosso n° 109, Bairro Andaraí, Barbacena, MG CEP 36204-006 (GRADUADA)
MANAÍRA SATIL SILVA - UNIPAC Barbacena, manairasatil@hotmail.com , Rua Coronel Tamarindo n° 170, Bairro Centro, São João Del-rei, MG, CEP 36300-012 (GRADUANDA)
CAROLINA GABRIELA SILVA DE PAULA - UNIPAC Barbacena, cgabrielasp@yahoo.com.br, Rua XV de novembro n°12, apto 1001, Bairro Centro, Barbacena, MG, CEP 36200-074 (GRADUADA)
RAQUEL PIMENTA DE OLIVEIRA – UCP, raquelbqpimenta@hotmail.com, Rua Francisco Sales, n°154, Bairro Boa morte, Barbacena, MG(COLABORADORA)
DATAS: última revisão 25/01/2009, envio para publicação 27/01/2010
Resumo
A Fibromialgia (FM) é uma síndrome crônica caracterizada pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente determinadas e queixas dolorosas músculo-esqueléticas difusas, de etiologia ainda não esclarecida e provavelmente de natureza multifatorial, sem componente inflamatório. O objetivo deste estudo é verificar os benefícios na funcionalidade e qualidade de vida de uma paciente com FM tratada com Water Pilates. O trabalho é do tipo estudo de caso com a participação de um indivíduo do gênero feminino. Foram aplicados os questionários FIQ, SF-36, Beck de depressão e uso da escala analógica de dor a fim de verificar tal quesito. O estudo também identificou uma diminuição no nível de depressão avaliada pela escala de Beck. A qualidade de vida avaliada pela FIQ e SF-36 apresentou melhoras após a intervenção e a funcionalidade avaliada pela HAQ se manteve. O parâmetro funcional da escala FIQ e SF-36 também demonstraram melhora significativa. Conclui-se eficiência na funcionalidade e na qualidade de vida da paciente.
PALAVRAS-CHAVES: Fibromialgia, pilates, dor, hidroterapia.
Introdução
As primeiras considerações acerca da fibromialgia (FM) datam de 150 anos aproximadamente (MOREIRA et al
Em meados da década de 1970, estudos de Snythe e Moldofsky descreveram certas localizações anatômicas, denominadas “tender points”, a partir daí foi colocado o conceito corrente de fibromialgia. Em meados de 1980 caracterizou-se como sendo causada por um mecanismo de sensibilização do Sistema Nervoso Central (SNC) à dor. (MOREIRA et al 2001 b, PROVENZA et al 2004)
A síndrome da fibromialgia (SFM) não apresenta componente inflamatório e é classificada como primária, quando não houver outra moléstia subjacente e secundária ocorrendo em pacientes com distúrbios não reumatológicos preexistentes ou reumatológicos. (WEINSTEIN 2000).
A Fibromialgia é uma síndrome crônica caracterizada pela presença de pontos dolorosos em regiões anatomicamente bem determinadas e por queixas dolorosas músculo-esqueléticas difusas e de etiologia ainda não esclarecida e provavelmente de natureza multifatorial (COSTA 2005, WEIDEBACH 2002).
Acredita-se que a FM é um distúrbio nos mecanismos serotonérgicos de modulação da dor, apresentando maior dificuldade no diagnóstico diferencial. Em 1990 o American College of Rheumatology criou dois critérios para a classificação da FM: dor generalizada nos quatro quadrantes do corpo e dor a palpação digital em 11 dos 18 pontos (LIANZA 1995).
Na população geral sua prevalência é de aproximadamente 2%, podendo ocorrer também na infância e na terceira idade, tendo a maior prevalência entre 30 e 50 anos obtendo uma proporção entre mulheres e homens aproximada de
O seu mecanismo gerador pode ser explicado por um processamento em nível espinhal da dor alterado, onde o mecanismo de geração da dor não-nociceptiva possa ser a base fisiopatológica para a ocorrência de tal fenômeno, definida como dor resultante da estimulação de neurônios não relacionado com a dor, sendo que no nível molecular, no processo de sensibilização central tem um papel crucial de neuropeptídeos (substância P) e aminoácidos (RIBEIRO et all2005).
Pacientes com FM podem apresentar ansiedade, síndrome do pânico, fadiga, desatenção, déficit de memória, distúrbios funcionais da articulação temporo mandibular obstipação ou diarréia (compatíveis com síndrome do cólon irritável), boca seca, estados depressivos, cefaléia tensional ou enxaqueca, sendo que a característica mais frequente e a presença de distúrbio do sono, bruxismo e sono não-reparador (WEINSTEIN 2000, JACOMINI et al 2007).
Outro fator característico é a atrofia das fibras musculares do tipo II e aspecto de “ruído de tranças” das fibras musculares do tipo I, além de fibras vermelhas desiguais e irregulares apresentados na biópsias, musculares e necrose muscular, relatada pelo elétron-microscopia. O estresse muscular crônico ou hipóxia crônica pode ser a causa de uma lesão subclínica no músculo, além disso, apresentam redução da oxigenação e metabolismo energético anormal nos pontos sensíveis da musculatura (WEINSTEIN 2000).
Estudos realizados por COSTA et al. (COSTA et all 2005) mostrou que a fadiga muscular foi um sintoma muito frequente, encontrado em 94,2%, 39,2% de depressão e 100% de dor difusa.
Tratamento farmacológico tem como base a indução de um sono de melhor qualidade, através de ingestão de medicações como ametriprina ou ciclobenzoprina, inibidores de recaptação de serotonina, como sertralina ou fluoxetina; outros medicamentos como analgésicos e relaxantes musculares podem ser usados para alívio dos sintomas (WEIDEBACH 2002).
Um tratamento amplo e multidisciplinar se faz necessário na FM, onde tratamento medicamentoso isolado para controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida não tem sido suficientes. Outra terapia como cognitivo-comportamental, massoterapia, acupuntura, biofeedback, eletroterapia, hidroterapia, exercícios aeróbicos, alongamentos musculares, talassoterapia, balneoterapia são modalidades terapêuticas aplicadas (BRESSAN L. R. et a 2008l, ANDRADE S.C.et al. 2008).
A fisioterapia aquática fornece benefícios a curto e longo prazo acrescido do exercício ativo regular, proporciona relaxamento muscular, redução de espasmos musculares e da sensibilidade à dor, aumento da facilidade do movimento articular, da força, da resistência muscular em casos de fraqueza excessiva e da circulação periférica, melhora da moral, da confiança do paciente, da musculatura respiratória, da consciência corporal, do equilíbrio e estabilidade de tronco (BATES et al. 1998, DIAS et al. 2003).
Joseph H. Pilates nasceu em 1880 na Alemanha, próximo de Dusseldorf. Foi uma criança que sofria de asma, raquitismo e febre reumática; e por isso propôs superar suas limitações, dedicando-se a vida toda a se tornar fisicamente forte; tornou-se especialista em mergulho, esqui, cultura física e ginástica (GALLAGHER et al. 2000).
O método de Pilates combina calma, concentração de si mesmo como um todo, alongamento, flexibilidade além de enfatizar o movimento, tônus muscular e a força. O método Pilates e o condicionamento físico apresentam seis princípios básicos: concentração, o controle de centro (abdomem), o auto controle com dissociação de músculos, movimento fluído, precisão e respiração (GALLAGHER et a.l 2000, WILLIAMS et al. 2005).
Os conceitos da estabilidade do power house (ou centro de força, que no Pilates é a parte mais importante do corpo, corresponde a área entre a base da sua caixa torácica e a linha que vai de um quadril ao outro) baseados no método pilates, são levados para a água na reabilitação e no treinamento na década de 90, tendo como objetivos os movimentos fundamentais, permitindo que o corpo integre a pelve, o tronco e a cintura escapular durante a execução do movimento, a partir da estabilidade do complexo lombar pélvico (STEINMAN et a.l 2006). Além de proporcionar ao paciente a dissociação de movimentos, o que consiste em movimentar músculos individualmente sem compensações e a conseqüência disso é o relaxamento muscular de áreas que não deveriam ser acionadas enquanto se faz determinado movimento, esse relaxamento diminui consideravelmente as tensões musculares.( GALLAGHER ET al. 2000)
O water pilates trás vários benefícios como estimular a circulação, diminuição da tensão e fadiga, aumento da densidade óssea, alonga e dá flexibilidade, melhora a postura, eleva a capacidade de contração muscular, melhora a amplitude de movimento, entre outros; tais benefícios previnem riscos de uma fratura e alívio de dores crônicas, além de trazer relaxamento muscular e diversão através de exercícios desafiantes mas fáceis de executar (GALLAGHER et al. 2000,STEINMAN et al. 2006).
Objetivo deste estudo é verificar os benefícios na funcionalidade e qualidade de vida de uma paciente com FM tratada com Pilates na água.
Manteriais e métodos:
O trabalho é do tipo estudo de caso com a participação de um indivíduo do gênero feminino. O experimento foi conduzido na Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), no período de agosto e setembro de 2008, realizado em piscina hidroterapêutica coberta e aquecida, com dimensão de oito metros de comprimento por cinco de largura, com 1,4 de profundidade e 1,6 de lâmina, da Clínica Escola Vera Tamm de Andrade na cidade de Antônio Carlos no estado de Minas Gerais, Brasil.
Amostra
O paciente estava sob acompanhamento médico, com tratamento medicamentoso individualizado. Para inclusão da amostra a pessoa tinha que ter o diagnóstico do médico de FM e, exames que comprovassem e excluíssem qualquer hipótese de outro diagnóstico ao de Fibromialgia. A paciente apresenta 40 anos, bom nível cognitivo e sem problemas psiquiátricos graves. A cliente assinou um termo de consentimento livre e esclarecido.
Intrumentos
A avaliação da cliente foi realizada através de entrevista a qual obteve-se dados pessoais e clínicos. Foi utilizado para avaliar a qualidade de vida de uma forma global, o Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) adaptada em versão portuguesa, que é um instrumento cuja estrutura baseia-se a premissa que deveria conter os seguintes componentes: avaliação física, psicológica, social e de bem-estar. O primeiro item avalia primariamente a habilidade do paciente em executar tarefas motoras. Ele contém 10 subitens. O escore dessa primeira parte é realizado através da média aritmética dos subitens respondidos. As respostas recebem valores de
A capacidade física foi avaliada pelo “Health Assessment Questionnaire” (HAQ), ANEXO III. Foi utilizada a tradução para o português do HAQ já publicado na literatura. Esse instrumento avalia a capacidade de os pacientes realizarem tarefas relacionadas a oito tipos de atividades do dia a dia, ou seja, vestir-se, levantar-se, comer, caminhar, higiene, alcançar, preensão e outras. Cada uma dessas atividades é representada por duas ou mais questões. O escore de cada questão varia de
Foi utilizado o questionário de Beck de Depressão (BDS), ANEXO IV, que consta de 21 perguntas que questionam sobre tristeza, cansaço, capacidade de decisão, punição, suicídio, atividade sexual, sono, trabalho, apetite, entres outros. Um escore menor que 10 significa sem depressão ou depressão mínima, de
A Escala Analógica de Dor foi realizada sem a palpação dos tender points, sendo apenas verbalizadas o grau de
A qualidade de vida foi avaliada também com a SF-36, ANEXO V, a mesma avalia a capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, limitações por aspectos emocionais e saúde mental. Ocorre a transformação do valor das questões anteriores em notas de 8 domínios que variam de 0 (zero) a 100 (cem), onde 0 = pior e 100 = melhor para cada domínio. (MARTINEZ et al. 1998)
Foi utilizado no tratamento instrumentos como flutuadores (aquatubo 5, 2 halteres de tamanho médio da marca Hoorn, pranchas), step, bolas isotreching, bolas menores, música suaves com baixa intensidade como Solaris e Kenny Di no som da marca SONY e fotos retiradas de uma máquina digital da marca SUNFIRE.
Procedimentos
As escalas foram aplicadas na primeira sessão e na última sessão, previamente a qualquer intervenção fisioterapêutica e hidroterapêutica. O indivíduo foi entrevistado obtendo-se dados pessoais e clínicos.
No total foram realizadas 10 sessões, com duração de 45 minutos cada, três vezes por semana, com a temperatura média da água de 33,4ºC. Em cada sessão manteve-se as técnicas específicas da primeira a última sessão sem alterações.
Foi realizado para aquecimento caminhadas com duas voltas na piscina. A técnica de Water Pilates com vinte repetições de cada exercício constou de: Twister (FOTO I); Arm Series com carga.
(anexar foto I)
Em flutuação, flexão e extensão dos quadris e joelhos em rotação externa dos quadris e flexão plantar dos tornozelos (FOTO II)
(anexar foto II)
Inclinação lateral de tronco realizando circundação de membros inferiores no sentido horário e anti-horário (FOTO III).
(anexar foto III)
Outros exercícios utilizados foram: em flutuação, flexão e extensão alternada dos quadris ; flexão e extensão dos quadris e joelhos em direção cruzada ao peito; flexão e rotação lateral do tronco com bola (STEINMAN 2006). No final do tratamento para relaxamento e flexibilidade foram realizados alongamentos ativos de peitoral, isquiotibiais, tríceps sural, quadríceps femoral (3 séries de 30 segundos cada) (POWERS et al. 2000) e relaxamento muscular com procedimentos massoterapêuticos, com bolas menores.
Análise estatística
Foi utilizado o teste t-student pareado com nível de significância de 5% para análise dos resultados da escala de qualidade de vida SF-36 e análise descritiva dos outros dados.
Resultados
De acordo com a análise da capacidade funcional avaliada pelo questionário de HAQ foi observado um escore antes e após o tratamento de 0,25.
Na análise do questionário de fibromialgia (FIQ-P) identificou-se no pré – tratamento um escore de 0,50 para a capacidade funcional evoluindo no pós-tratamento para 0,10. Os dados referentes aos dias em que a paciente sentiu-se bem, quantos dias faltou o serviço, habilidade para o trabalho, dor, fadiga, cansaço matinal, rigidez, ansiedade e depressão diminuindo de 41 para 33. O escore total obtido foi de 41,5 para 33,1, como observado no GRÁFICO I.
(Anexar questionário FIQ - P, gráfico I)
GRÁFICO I: Avaliação da qualidade de vida pela FIQ, no eixo Y estão os resulatados, e no eixo X os parâmetros da capacidade funcional (CF), dados da última semana (DUS) interferência da fibromialgia (IF) e escore total (ET).
O questionário de Beck de depressão anterior ao tratamento apresentou um escore de 19 e posterior ao tratamento um escore de 11, GRÁFICO II.
(Anexar questionário Beck de depressão, gráfico II)
GRÁFICO II: Avaliação da depressão antes e após o tratamento, no eixo Y estão os escores e no eixo X, a evolução do critério de depressão no tratamento.
A escala visual analógica de dor aplicada antes da intervenção apresentou um nível de dor igual a 8 e após a intervenção um nível de dor foi para 0. Para a análise desta escala não foi palpado os tender points.
A escala de qualidade de vida SF-36, pré e pós-intervenção respectivamente apresentaram as seguintes porcentagens nos parâmetros analisados pela escala: A capacidade funcional passou de 55% para 85%, a limitação por aspectos físicos passou de 75% para 100%, o índice de dor melhorou de 41% para 62%, o estado geral de saúde de 47% para 67%, a vitalidade de 40% para 80%, os aspectos sociais de 62,5% para 87,5%, a limitação por aspectos emocionais de 33,3% para 100% e a saúde mental de 60% para 92%, como representado no GRÁFICO III.
(Anexar questionário de qualidade de vida SF-36, questionário III))
GRÁFICO III: Avaliação da qualidade de vida pela SF-36, no eixo Y estão os escores, e no eixo X os parâmetros capacidade funcional (CF), limitação por aspectos físicos (LAF), dor (D), estado geral de saúde (EGS), vitalidade (V), aspectos sociais (AS), limitação por aspectos emocionais (LAE), saúde mental (SM).
A análise estatística das médias da escala SF-36 pelo teste t-student pareado demonstrou um t-calculado de 6,01 e um t-tabelado de 2,36 em 7 graus de liberdade e 5% de significância.
Discussão
A análise do índice de dor antes e após Water pilates identificou uma diminuição significativa de 8 para 0 de dor. Isto corrobora com Dias et al. (DIAS et al.2003) que também identificou uma melhora de 100% no nível da dor dos pacientes tratados com hidroterapia. Estes dados estão diretamente relacionados com o estado psicológico da paciente, cujo estudo também identificou uma diminuição no nível de depressão avaliada pela escala de Beck (BDS), o qual antes do tratamento apresentou um escore de 19 e após tratamento um escore de 11. O trabalho de Martinez (MARTINEZet al.1998) considera valores de BDS acima de 13 como depressão.
O estudo de Gimenes (GIMENES at alii. 2006), também identificou uma diminuição significativa do nível de depressão após a utilização de watsu no tratamento de fibromialgia.
Estudos como Berbe ( BERBER et al. 2005) tem demonstrado que existe correlação entre o nível de depressão, a dor e a qualidade de vida. Isto está de acordo com o presente estudo, onde os menores níveis de dor e depressão estão relacionados com a melhora da qualidade de vida avaliada pela escala de SF-36 e pela FIQ.
Beressan (BRESSAN et al. 20080, demonstram melhora do sono e da rigidez dos pacientes através do tratamento fisioterapêutico, especialmente por meio de alongamentos musculares. Neste estudo o questionário FIQ apresentou melhora no que se refere aos dados de rigidez e disposição ao acordar.
A análise estatística da qualidade de vida avaliada pelo teste t-student pareado da qualidade de vida mensurada pela SF-36 identificou melhora significativa, pois o t-calculado de 6,01 é maior que o t-tabelado de 2,36 e 5% de significância. Estes dados estão de acordo com os escores avaliados também pela escala FIQ onde foi observado melhora da qualidade de vida da paciente em todos os parâmetros. Isto está de acordo com Sabbag (SABBAG et al. 2007), que afirma que pacientes com FM apresentaram melhora na qualidade de vida, capacidade funcional e da dor ao serem submetidos a um programa de condicionamento físico supervisionado.
A melhora da capacidade funcional está diretamente relacionada com a qualidade de vida, onde a possibilidade da paciente realizar mais AVD’s, possibilita maior convívio social, desempenho físico, ânimo e alegria ao realizar suas atividades do dia-a-dia. Isto não foi evidenciado no HAQ onde o escore se manteve já na FIQ o parâmetro de capacidade funcional passou de 0,50 para 0,10. O trabalho de Valin (VALIM, 2006) evidenciou que a atividade física aeróbica deve ser descrita para pacientes com FM, com exceção de alguma contra-indicação. Sendo que o treino aeróbico provoca mudanças neuroendócrinas necessárias para a melhora do humor, com aumento de serotonina e norepinefrina.
Foi declarado pela cliente que o tender point do epicôndilo lateral era o mais doloroso, o que é conivente com o estudo de Perea (PEREA, 2003), que observou através de vários estudos a presença deste sinal em grande parte pacientes com FM.
Conclusão
No presente estudo conclui-se que ocorreram efeitos benéficos para tratamento da FM utilizando técnicas dePilates na água. Desta forma, o Water Pilates foi eficaz na melhora funcional e da qualidade de vida da paciente, verificada através dos questionários antes e após a intervenção. Percebe-se que a fibromialgia precisa de cuidados principalmente no quesito depressão, além de divertir-se na água o water pilates trouxe força muscular e desenvoltura para que nossa paciente pudesse ter maior funcionalidade. O tratamento proporcionou bem estar e tivemos a oportunidade de preparar seus músculos e alinhamento corporal, sem sobrecargas e sem desanimá-la, pois na água os exercícios ficam mais fáceis.
Vale ressaltar a necessidade de mais estudos nesta área utilizando uma amostra maior para possibilitar melhor inferência destes resultados para toda a população com FM.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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